Procura por cursos de qualificação profissional cresce em Itapetininga

A procura por cursos de qualificação, como o curso de marcenaria profissional por exemplo aumentou na região de Itapetininga (SP) nos últimos anos e o desemprego é a principal justificativa, afirma o instrutor de cursos do Centro Educacional Profissionalizante Municipal (Ceprom), Evandro Luis Lemes.

Segundo o Centro Educacional Profissionalizante Municipal (Ceprom), a lista de espera para cursos gratuitos chegou a ter 100 candidatos.

"Nos últimos anos a procura tem crescido constantemente. Este ano, por exemplo, a lista de espera para diversos cursos chegou a 100 nomes. Isso não é muito comum na região, esse ano foi o auge da procura”, explica Lemes"

De acordo com o diretor do Instituto Federal de São Paulo, Ragnar Orlando Hammarstrom, os cursos mais procurados são os de mão de obra que, além de oferecer oportunidades de emprego, vêm quebrando o tabu sobre profissões que são consideradas apenas de homens ou mulheres.


“É importante. Além da formação que o cidadão possa ter na sua graduação ou ensino técnico, ele pode buscar nesses cursos de curta duração alguma especialização, algum aprimoramento em alguma técnica em algum conteúdo especifico. E isso acaba agregando bastante no currículo”, explica o diretor.

O aluno Isaías Alves Carneiro decidiu deixar o preconceito de lado e foi em busca de cursos para voltar ao mercado de trabalho através do curso de corte e costura.

"O Brasil está passando por crise, então através do curso vemos uma oportunidade de emprego. Sempre tive curiosidade e vontade de aprender, então para mim, essa é uma nova experiência"


A Samira Obaiashi também deixou o preconceito de lado e foi uma das primeiras alunas a se formar no curso de marcenaria oferecido pelo Ceprom em Itapetininga. Ela conta que, na época, das 10 vagas preenchidas, apenas duas eram mulheres.

Sempre gostei de trabalhar com madeira, tinha bastante curiosidade. Então, eu fui procurar o curso. Quando comecei a fazer móveis as pessoas olhavam espantadas e perguntavam se era eu mesmo que tinha feito, pois elas estão mais acostumadas a ver homem trabalhando com marcenaria, afirma Samira.


Fonte: https://g1.globo.com